Greve dos caminhoneiros.
Entenda a cronologia da paralisação dos caminhoneiros no Brasil.
Movimento começou na segunda-feira e crise se agravou quinta e sexta.
Caminhoneiros estão parando o fluxo de transporte de cargas pelo país desde segunda-feira (21). Confira, abaixo, a linha do tempo da crise que causou desabastecimento nas cidades brasileiras.
Sexta-feira (18)
- Caminhoneiros anunciam greve. A reivindicação era que o governo reduzisse a zero a carga tributária sobre o diesel (os impostos federais são PIS/Cofins e Cide), cujo custo aumentou nos últimos meses devido à política de preços da Petrobras.
Domingo (20)
- Na véspera do início da manifestação, duas liminares já impediam as manifestações de caminhoneiros. Uma delas, obtida pela CCR Nova Dutra, em São Paulo, impedia bloqueios sob multa de R$ 300 mil por dia. No Paraná, outra decisão impunha pena de R$ 100 mil por hora de interdição.
Segunda-feira (21)
- Caminhoneiros fizeram bloqueios em 17 estados. A Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), liderada por José da Fonseca Lopes, se declarou organizadora do movimento, mas muitos caminhoneiros aderiram espontaneamente à manifestação via grupos de WhatsApp.
- Descentralizadas, as paralisações já impediam, desde segunda-feira, a entrega de cargas nos centros de abastecimento de alimentos e terminais de combustíveis.
Terça-feira (22)
- A paralisação cresceu, tomando 19 estados e o Distrito Federal, com 188 pontos de paralisação.
- Os postos de gasolina do estado de São Paulo e do Rio de Janeiro já não estavam recebendo combustível para repor os estoques, prenúncio de que as bombas iriam secar nos próximos dias.
Quarta-feira (23)
- Os primeiros efeitos do desabastecimento de alimentos foram sentidos nos Ceasa e, em São Paulo, no Ceagesp. Produtores pararam de enviar produtos perecíveis para as estradas.
- O presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou que iria reduzir em 10% o preço do diesel nas refinarias da estatal pelos próximos 15 dias.
Quinta-feira (24)
- O presidente Michel Temer se reuniu novamente com representantes dos manifestantes. A reunião terminou sem acordo, já que a Abcam abandonou o recinto e não assinou a proposta de trégua.
- Outras associações, como a CNTA, cederam à proposta. O governo ofereceu a redução de 10% no preço do diesel por mais 15 dias (30, no total) e uma mudança na política da Petrobras para que os reajustes de preço de combustíveis sejam mensais, e não mais diários.
- O custo do acordo foi estimado em R$ 5 bilhões.
Sexta-feira (25)
- Caminhoneiros seguem paralisando as estradas. CNTA diz que assinou o acordo, mas que caminhoneiros é que devem decidir quando e como vão parar.
- Frotas de ônibus de São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e cidades do interior paulista são afetadas e têm operação reduzida.
- Cidade de São Paulo declara emergência, medida que permite à prefeitura fazer compras sem licitação, requisitar ou apreender bens privados.
- Governo federal baixa decreto GLO (Garantia da Lei e da Ordem), que permite intervenção militar e das forças federais para desobstruir as vias públicas.
Sábado (26)
- Polícia Rodoviária Federal informa que há 596 pontos de manifestação às 11h30
- Com o uso da força autorizado, seis operações realizaram entrega de combustível com ajuda das tropas de choque estaduais.
- O exército levou gasolina da refinaria de Paulínia (SP) ao aeroporto de Viracopos, e a PM escoltou um carregamento da refinaria de Duque de Caxias (RJ) para abastecer o BRT do município do Rio de Janeiro.
- O governador de São Paulo, Márcio França (PSDB), anunciou que iria suspender a cobrança de pedágio sobre eixo elevado em troca da desocupação de rodovias.
- PRF solta boletim às 22h informando que havia 554 pontos de manifestação nas estradas
Hoje, Domingo (27)
- Governo de SP anunciou que mais de 80% dos bloqueios nas rodovias do estado estão liberados.
- Temer e ministros fazem reunião para debater quais medidas tomar diante da crise. Por Natália Portinari.
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