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Tribunal de Justiça realiza Projeto Cidadão em aldeia indígena de Feijó; veja fotos

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Na aldeia Morada Nova, Projeto Cidadão concretiza sonho de indígenas em ter suas etnias acrescentadas aos seus nomes.

Em mais uma edição na sede do município de Feijó, além do já tradicional Casamento Coletivo, mais de 1.000 atendimentos foram realizados, na última sexta-feira, 9.

Em um ambiente festivo e de contagiante alegria, as ações do Projeto Cidadão, chancelado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), aportaram, na última quinta-feira, 8, na aldeia Morada Nova, localizada no município de Feijó, distante 362 quilômetro da capital acreana.

Durante todo o dia, mais de 660 atendimentos, entre emissão de RG, CPF, fotografias e atendimentos jurídicos, foram realizados, contemplando povos das etnias Shanenawa, Jaminawa, Shane Kaya, Runi Kuï, Ashaninka (Kampa) e Kulina.

Por ocasião de mais esta edição do Projeto Cidadão, 150 indígenas tiveram a oportunidade de acrescentar suas respectivas etnias aos seus Registros de Nascimento, bem ainda alterar suas carteiras de identidade para constar o novo nome.

Na aldeia Morada Nova, por seus habitantes, magistrados e servidores do TJAC foram recepcionados com uma apresentação da dança Shanenawa Kaynê (surgimento do povo Shanenawa). Durante os atendimentos, indígenas do local ajudaram na logística dos trabalhos, organizando filas e traduzindo informações para aqueles com dificuldade na língua portuguesa.

Prestigiaram o evento, além do presidente do TJAC, em exercício, desembargador Francisco Djalma, a corregedora-geral da Justiça, desembargadora Waldirene Cordeiro, o juiz de Direito titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, Danniel Bomfim, o diretor do Foro da Comarca de Feijó, juiz de Direito Alex Oivane, e diversas autoridades locais.

Aos presentes, o desembargador Francisco Djalma enfatizou a relevância das ações ali ofertadas e asseverou: “O Projeto Cidadão, com certeza, se fará presente na minha gestão. Estou impressionado com a capacidade laborativa do Projeto Cidadão, da sua importância, no sentido de regularizar os documentos, trazendo cidadania para aquelas pessoas que tanto necessitam”.

A corregedora-geral da Justiça, desembargadora Waldirene Cordeiro, dirigiu-se às comunidades indígenas presentes apontando ser aquele momento de grande satisfação. “É uma felicidade minha, pessoal, de estar junto com esse povo, que representa verdadeiramente as nossas raízes, especialmente hoje, com a consagração da possibilidade de colocar o nome da etnia no registro, possibilitando o reconhecimento. Isso é de uma grandeza ímpar”.

Para o cacique da aldeia Morada Nova, Carlos Brandão, da etnia Shanenawa, foi um prazer estar recebendo o Projeto Cidadão em sua terra. “É uma honra e privilégio, pela primeira vez na história, depois de 518 anos, recebendo o Projeto Cidadão na nossa comunidade. Essa ação facilita muito, porque a maioria do meu povo não tem o nome da etnia no documento. Então, nessa edição, estamos retificando Shanenawa, Kaxinawá, Kulina, Kampa, … agradeço ao Tribunal de Justiça”, disse o cacique.

“Pra mim é gratidão, eu quero que venham mais vezes. Esse serviço de tirar o RG reforça a identidade do povo, porque mostra que somos cidadãos brasileiros também, que precisam de documentos, que não tenha mais preconceitos”, concluiu a liderança indígena.

O que eles disseram:

Maria Romilda Silva e Silva Shanenawa, 25 anos, moradora da Aldeia Vitória, soube do atendimento pelo rádio e viajou quatro horas. Ela afirmou que gostou da iniciativa do projeto chegar à aldeia, “pois trouxe a facilidade de tirar o documento, que vai ajudar em várias coisas”.

Maria Kaxinawá, 54 anos, moradora da Aldeia Formosa, acompanhada do filho Francisco Paulino Kaxinawá, encararam cinco dias de viagem. “Consegui tirar minha carteira de identidade, pois vai ajudar a dar entrada na aposentadoria. Estou muito contente”, disse.

Tiririca Wunawa Kulina, 33 anos, morador na aldeia Jaminawa, afirmou que “depois de 12 horas de viagem, com muita dificuldade em se comunicar na língua portuguesa, estou orgulhoso”, após conseguir a fotografia 3×4, que usará no documento RG.

Ações na zona urbana de Feijó

Na sede do município, as ações do Projeto Cidadão aconteceram na sexta-feira, 9, na Escola Municipal Professor Severino Cordeiro. Nesta edição, que foi encerrada com o já tradicional Casamento Coletivo, mais de 1.500 atendimentos foram realizados, dentre emissões de RG e CPF; serviços do Sebrae e Defensoria Pública; atendimentos médicos testes rápidos (sífilis e hepatite B), vacinação e outros.

A cerimônia nupcial foi aberta pelo vice-presidente do TJAC, desembargador Francisco Djalma, que externou sua satisfação em retornar ao município de Feijó, aonde, no ano de 1988, iniciou suas atividades na Magistratura Acreana.

Ao saudar os noivos, Francisco Djalma ressaltou a importância da decisão tomada por estes, “ora materializada pela formalização da união civil”.

Aos presentes, além de parabenizar todos os 49 casais, a corregedora-geral da Justiça, desembargadora Waldirene Cordeiro, fez questão de destacar a relevância dos serviços prestados pelo Projeto Cidadão, “ao longo desses mais de 20 anos de existência”, enfatizando seu reconhecimento nacional, a força de seus parceiros e a incrível marca dos “2 milhões de atendimentos já realizados”.

Também em homenagem aos noivos, a organização do Projeto Cidadão ofertou a todos os presentes uma apresentação musical da cantora Raylleny Ponce de Freitas.

Para o ato de encerramento do evento, compuseram o dispositivo de honra, além do vice-presidente do TJAC e da corregedora-geral da Justiça, o diretor do Foro da Comarca de Feijó e celebrante da cerimônia nupcial, o juiz de Direito Alex Oivane, o juiz de Direito titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, Danniel Bomfim, o vice-prefeito do município, Cláudio Braga, a vereadora Terezinha Moreira, representando a Câmara Municipal, o delegatário do Cartório de Feijó, Silvano Decarli, o secretário municipal Wisley Monteiro e o médico Maxdelles Rodrigues.

Os casais

Manoel Victor Silva do Nascimento, 19 anos, e Isabella Lirian Oliveira Dourado, 20 anos, representaram o casal mais jovem da cerimônia. Francisco Auriberto de Souza Castro, 52 anos, e Maria Luiza de Sousa Barbora, 56 anos, representaram o casal mais experiente. Gecom TJAc.

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Ufac recebe 3 micro-ônibus por emenda do deputado Roberto Duarte — Universidade Federal do Acre

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Ufac recebe 3 micro-ônibus por emenda do deputado Roberto Duarte — Universidade Federal do Acre

A Ufac recebeu três micro-ônibus provenientes de emenda parlamentar no valor de R$ 8 milhões, alocadas pelo deputado federal Roberto Duarte (Republicanos-AC) em 2024. A entrega ocorreu nessa quinta-feira, 13, no estacionamento A do campus-sede. Os veículos foram estacionados em frente ao bloco da Reitoria, dois ficarão no campus-sede e um irá para o campus Floresta, em Cruzeiro do Sul.

“É sem dúvida o melhor momento para a gestão, entregar melhorias para a universidade”, disse a reitora Guida Aquino. “Quero agradecer imensamente ao deputado Roberto Duarte.” Ela ressaltou outros investimentos provindos dessa emenda. “Serão três cursos de graduação na interiorização.”

Duarte disse que este ano alocou mais R$ 2 milhões para a universidade e enfatizou que os micro-ônibus contribuirão para mobilidade dos alunos e professores da instituição. “Também virá uma van, mais cursos que vamos fazer no interior do Estado do Acre, o que vai ajudar muito a população acreana. Estamos muitos felizes, satisfeitos e honrados em poder contribuir e ajudar cada vez mais no desenvolvimento da Universidade Federal do Acre, que só nos dá orgulho.”

 



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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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