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‘Preservobras’ do Governo do Acre
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7 anos atrásem
Fábrica estatal de preservativos no Acre mostra não ser a resposta adequada a desafios.
No papel, os argumentos poderiam parecer sedutores. A iniciativa ajudaria a enfrentar um problema de saúde pública, geraria renda para comunidades carentes e promoveria o desenvolvimento sustentável de um município amazônico.
Pautados por tais ideias, o Ministério da Saúde e o governo do Acre decidiram, em 2008, criar e financiar a Natex, empreendimento estatal instalado em Xapuri —que utilizaria o látex de seringueiras nativas para produzir preservativos destinados a suprir parte da demanda da própria pasta em seus programas de controle da Aids.
Como se pode imaginar, o plano não funcionou tão bem na prática, e a fábrica corre o risco de fechar as portas pelo acúmulo de prejuízos que, cedo ou tarde, recairão sobre os contribuintes.

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Não se trata de contestar os objetivos declarados. Constitui função do poder público manter programas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, bem como buscar a harmonia entre expansão econômica e cuidado com as áreas de floresta.
O erro, como de hábito, esteve em imaginar que mais uma aventura empresarial do Estado fosse a resposta adequada a esses desafios.
Para o ministério, faz mais sentido obter camisinhas no mercado internacional do que por meio de uma instalação em local que não seria a primeira escolha de agentes privados. Para o Acre, é pouco eficaz estimular a atividade em Xapuri valendo-se de uma fábrica que basicamente conta com um único cliente importante.
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A pasta deveria comprar a produção de 100 milhões de unidades anuais, correspondente a cerca de um quarto do total a ser distribuído no país. Com a crise orçamentária, as compras para o período 2016-17 limitaram-se a 41 milhões.
No ano retrasado, a administração estadual de Tião Viana (PT) tentou privatizar a instalação, mas não houve interessados.
Deveria ser desnecessário, a esta altura, expor as fragilidades inerentes a empreitadas do gênero. Não bastasse a viabilidade duvidosa do negócio, investimentos estatais estão naturalmente sujeitos a ingerência política, gestão deficiente e dificuldades burocráticas.
Eles se justificam, em tese ao menos, para o fornecimento de bens e serviços essenciais que não podem ser providos pela iniciativa privada. Este certamente não é o caso da produção de preservativos. Folha SP.
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Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre
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20 horas atrásem
27 de novembro de 2025Doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede Bionorte) apresentaram, na última quarta-feira, 19, propostas para o primeiro Plano de Prevenção e Ações de Combate a Incêndios voltado ao campus sede e ao Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac). A atividade foi realizada na sala ambiente do PZ, como resultado da disciplina “Fundamentos de Geoinformação e Representação Gráfica para a Análise Ambiental”, ministrada pelo professor Rodrigo Serrano.
Entre os produtos apresentados estão o Mapa de Risco de Fogo, com análise de vegetação, áreas urbanas e tráfego humano, e o Mapa de Rotas e Pontos de Água, com trilhas de evacuação e açudes úteis no combate ao fogo.
O Parque Zoobotânico abriga 345 espécies florestais e 402 de fauna silvestre. As medidas visam garantir a segurança da área, que integra o patrimônio ambiental da universidade.
“É importante registrar essa iniciativa acadêmica voltada à proteção do Campus Sede e do PZ”, disse Harley Araújo da Silva, coordenador do Parque Zoobotânico. Ele destacou “a sensibilidade do professor Rodrigo Serrano ao propor o desenvolvimento do trabalho em uma área da própria universidade, permitindo que os doutorandos apliquem conhecimentos técnicos de forma concreta e contribuam diretamente para a gestão e segurança” do espaço.
Participaram da atividade os doutorandos Alessandro, Francisco Bezerra, Moisés, Norma, Daniela Silva Tamwing Aguilar, David Pedroza Guimarães, Luana Alencar de Lima, Richarlly da Costa Silva e Rodrigo da Gama de Santana. A equipe contou com apoio dos servidores Nilson Alves Brilhante, Plínio Carlos Mitoso e Francisco Félix Amaral.
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Ufac sedia 10ª edição do Seminário de Integração do PGEDA — Universidade Federal do Acre
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21 horas atrásem
27 de novembro de 2025Coordenadora geral da Rede Educanorte, a professora Fátima Matos, da Universidade Federal do Pará (UFPA), destacou que o seminário tem como objetivo avaliar as atividades realizadas no semestre e planejar os próximos passos. “A cada semestre, realizamos o seminário em um dos polos do programa. Aqui em Rio Branco, estamos conhecendo de perto a dinâmica do polo da Ufac, aproximando a gestão da Rede da reitoria local e permitindo que professores, coordenadores e alunos compartilhem experiências”, explicou. Para ela, cada edição contribui para consolidar o programa. “É uma forma de dizer à sociedade que temos um doutorado potente em Educação. Cada visita fortalece os polos e amplia o impacto do programa em nossas cidades e na região Norte.”
Durante a cerimônia, o professor Mark Clark Assen de Carvalho, coordenador do polo Rio Branco, reforçou o papel da Ufac na Rede. “Em 2022, nos credenciamos com sete docentes e passamos a ser um polo. Hoje somos dez professores, sendo dois do Campus Floresta, e temos 27 doutorandos em andamento e mais 13 aprovados no edital de 2025. Isso representa um avanço importante na qualificação de pesquisadores da região”, afirmou.
Mark Clark explicou ainda que o seminário é um espaço estratégico. “Esse encontro é uma prática da Rede, realizado semestralmente, para avaliação das atividades e planejamento do que será desenvolvido no próximo quadriênio. A nossa expectativa é ampliar o conceito na Avaliação Quadrienal da Capes, pois esse modelo de doutorado em rede é único no país e tem impacto relevante na formação docente da região norte”, pontuou.
Representando a reitora Guida Aquino, o diretor de pós-graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg), Lisandro Juno Soares, destacou o compromisso institucional com os programas em rede. “A Ufac tem se esforçado para estruturar tanto seus programas próprios quanto os consorciados. O Educanorte mostra que é possível, mesmo com limitações orçamentárias, fortalecer a pós-graduação, utilizando estratégias como captação de recursos por emendas parlamentares e parcerias com agências de fomento”, disse.
Lisandro também ressaltou os impactos sociais do programa. “Esses doutores e doutoras retornam às suas comunidades, fortalecem redes de ensino e inspiram novas gerações a seguir na pesquisa. É uma formação que também gera impacto social e econômico.”
A coordenadora regional da Rede Educanorte, professora Ney Cristina Monteiro, da Universidade Federal do Pará (UFPA), lembrou o esforço coletivo na criação do programa e reforçou o protagonismo da região norte. “O PGEDA é hoje o maior programa de pós-graduação da UFPA em número de docentes e discentes. Desde 2020, já formamos mais de 100 doutores. É um orgulho fazer parte dessa rede, que nasceu de uma mobilização conjunta das universidades amazônicas e que precisa ser fortalecida com melhores condições de funcionamento”, afirmou.
Participou também da mesa de abertura o vice-reitor da Ufac, Josimar Batista Ferreira.
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Semana de Literatura da Ufac ocorre de 8 a 11/12 — Universidade Federal do Acre
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21 horas atrásem
27 de novembro de 2025A Universidade Federal do Acre (Ufac) sediará, entre os dias 8 e 11 de dezembro, a 1ª Semana de Literatura, com o tema “Vozes Decoloniais”. O evento propõe um debate fundamental sobre a produção literária e cultural no contexto contemporâneo, dando destaque a perspectivas indígenas, negras, periféricas, amazônicas e transviadas, entre outras expressões de alteridade que questionam violências e silenciamentos.
A programação contará com a participação de pesquisadores, professores e alunos da Ufac, além de docentes convidados de outras regiões do país, que se somam a essa construção coletiva.
Com mesas-redondas, rodas de conversa, oficinas, performances e atividades formativas, a 1ª Semana de Literatura busca criar um espaço de reflexão, enfatizando a literatura como gesto de (re)existência, capaz de denunciar apagamentos históricos e propor novas possibilidades de narrativa e futuro.
A comunidade acadêmica e externa está convidada a participar do evento, que ocorre no Anfiteatro Garibaldi Brasil, na Ufac, de 8 a 11 de dezembro.
Inscrições e programação podem ser acessadas pelo Instagram @elli.ufac.
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