Rio Branco
Sob pressão do MP-AC, Prefeita Socorro Neri revoga seu decreto que autorizou aumento da passagem de ônibus

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3 anos atrásem

O MPAC havia recomendado que o Município de Rio Branco aguardasse a conclusão de análise de planilha antes de reajuste em tarifa de ônibus.
Tendo em vista que a planilha que fundamentará pedidos de reajuste na tarifa de transporte público em Rio Branco será analisada tecnicamente pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), que já requisitou dados sobre a questão, a Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Consumidor expediu recomendação para que toda e qualquer decisão de revisão a ser tomada pelo Município sobre a questão aguarde a análise MPAC.
A partir de agora, o Município deve proceder, em todos os processos de revisão tarifária de transporte coletivo urbano, ao cumprimento das normas legais que incidem sobre o procedimento de revisão.
Na recomendação, a promotora de Justiça Alessandra Marques solicita que haja a elaboração de uma planilha que leve em conta os custos reais do serviço, considerando as peculiaridades do mercado no Acre, e que não tenha custos por estimativa.
O Município deve, ainda, apresentar ao MPAC as providências que deverão ser tomadas para que seja realizada licitação do transporte coletivo urbano de Rio Branco.
O descumprimento da recomendação poderá ensejar no ajuizamento de ação civil pública e, também, em ação de improbidade administrativa, além de tomada de medidas legais necessárias à defesa dos direitos e interesses dos consumidores.
O Município de Rio Branco tinha o prazo de sete dias para manifestar-se sobre o acatamento ou não da recomendação.
Decreto revogado
No dia 12 de junho, um decreto municipal reajustou a tarifa do transporte coletivo urbano, ficando estabelecida a tarifa de R$ 4,00 para os usuários não estudantes e de R$ R$ 1,90 para os usuários estudantes. No dia seguinte, o referido decreto foi revogado devido ao não cumprimento, por parte do Município, de parte do procedimento previsto em lei para o devido aumento.
De acordo com Alessandra Marques, não é a primeira vez que o procedimento deixou de ser cumprido, tal como exige a legislação em vigor, o que já levou o Ministério Público a ajuizar ações civis públicas sobre a questão.
Investigação
O MPAC instaurou procedimento civil investigatório com a finalidade de analisar minuciosamente a planilha que fundamentou o reajuste. Foram requisitados 13 documentos referentes a cada uma das empresas que presta, atualmente, o serviço de transporte coletivo em Rio Branco.
“Se for comprovado pelo Ministério Público que existem problemas na planilha com a qual se pretende realizar o reajuste da tarifa do transporte coletivo urbano, poderão ser tomadas todas as medidas judiciais para tanto, o que, evidente, além de ter custo para o contribuinte, poderá trazer novos problemas para o Município de Rio Branco”, ressalta Alessandra Marques. Com informações de André Ricardo.
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ACRE
Incêndio destrói casa após criança de 3 anos brincar com isqueiro no Acre

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6 meses atrásem
8 de setembro de 2020
Uma casa de madeira da Vila Custódio Freire, em Rio Branco, foi consumida pelo fogo após uma criança de três anos brincar com um isqueiro dentro do quarto. O incêndio ocorreu nesta terça-feira (8) e ninguém ficou ferido.
O Corpo de Bombeiros do Acre informou que ao chegar ao local encontrou três crianças de 3, 5 e 11 anos sozinhas na casa. Os vizinhos acionaram os bombeiros.
A criança mais velha, de 11 anos, falou para os bombeiros que estava na cozinha quando o irmão caçula brincava com um isqueiro no quarto e começou o fogo. Ao perceber as chamas, a criança retirou os irmãos mais novos e pediu socorro.
A mãe das crianças estava trabalhando e foi para o local após ser avisada do incêndio.
“O combate durou cerca de 30 minutos Fomos acionados por volta das 10 horas. Era uma residência de madeira medindo cerca de dez por cinco metros”, destacou a cadete Laiza Mendonça.
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CRIME
No AC, pai suspeito de matar filho de 6 anos com corte no pescoço tem pedido de soltura negado pela justiça

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6 meses atrásem
4 de setembro de 2020
Prisão foi mantida pela juíza da 1ª Vara do Júri, Luana Campos, nessa quinta-feira (3).
Capa: Pai teria matado o filho na madrugada do dia 13 de agosto e voltou a dormir — Foto: Lidson Almeida/Rede Amazônica Acre.
O pai suspeito de matar o filho de 6 anos com um corte no pescoço teve a prisão preventiva mantida pela juíza da 1ª Vara do Júri, Luana Campos, nessa quinta-feira (3). Ele foi preso em flagrante no dia 13 de agosto após o crime, no bairro Bahia Nova, na capital acreana.
A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça, mas a juíza informou que não vai comentar o caso.
O crime ocorreu durante a madrugada, mas a mãe só percebeu que o filho estava morto pela manhã quando foi no quarto das crianças. Após ser preso em flagrante, o pai encaminhado para o presídio de Rio Branco no dia 14, após a juíza Andrea Brito, da Vara de Execução Penal e Medidas Alternativas, decretar a prisão dele.
Após ser descoberto, o homem tentou fugir mas foi contido, preso e levado para a Delegacia de Flagrantes por policiais civis da 1ª Regional da capital. O suspeito chegou rindo à delegacia.
Além do menino de 6 anos, o outro filho do casal, um bebê de 5 meses, dormia no berço ao lado do irmão.
Em depoimento, o servente de pedreiro falou que teve um surto pela abstinência de drogas, foi na cozinha pegar uma faca e seguiu para o quarto dos filhos.
Após degolar o filho mais velho, o suspeito voltou para a cama, deitou ao lado da mulher e dormiu até de manhã. As informações foram repassadas ao G1 pelo delegado responsável pelo caso, Frederico Tostes.
Sem arrependimentos
Além do suspeito, a polícia ouviu também a mãe das crianças e um pastor, para quem o suspeito estava trabalhando. No depoimento, o homem não demonstrou arrependimento, segundo a polícia.
“Falou que há três semanas deixou de usar drogas, na abstinência teve uma perturbação mental e fez isso. Não ficou muito claro no depoimento, não falou muito. Disse que de madrugada pegou a faca e cortou o pescoço da criança. Perguntei se ele se arrependeu e disse: ‘não é tão simples assim’. Não quis falar que estava arrependido. Sem arrependimentos”, explicou o delegado.
O suspeito teria ainda ligado para um pastor, mas não falou nada e desligou o telefone.
“Ele deitou para dormir, levantou de manhã como se nada tivesse acontecido. Ele estava indo para a igreja para sair do vício, fazendo um trabalho voluntário”, complementou Tostes.
Além do suspeito, a polícia também ouviu a mãe das crianças e o pastor como testemunhas. A mulher afirmou que o marido sempre foi cuidadoso com os filhos e nunca agrediu eles.
“Ela falou bem dele, disse que sempre foi uma pessoa boa, nunca agrediu, na hora de educar não agredia. Ela estava dormindo, não ouviu nada. Acordou de manhã com ele abrindo a porta e quando estava saindo viu a criança morta e gritou”, lamentou o delegado.
A Polícia Civil informou também que o suspeito vai ser indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe. Por G1AC.