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‘Minha vida gira em torno dela’, diz pai que cria sozinho a filha desde os 6 meses de vida no AC

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4 anos atrásem

Uma parceria de vida. Assim é a história do comerciante Wilson Costa, de 41 anos, e a pequena Isabele Loanny, de 7 anos, que enfrentam o desafio da paternidade juntos. A chegada da primeira filha mudaria completamente a rotina familiar e profissional de Costa.
Morador de Rio Branco, ele teve que assumir o papel de pai e mãe após o nascimento da filha. Isso depois do relacionamento que ele tinha com a mãe da menina não dar certo. A mulher ainda chegou a morar na casa dele com a filha, mesmo tendo terminado a relação, mas acabou decidindo ir embora.
Rotina
Às 5h20, Costa já está de pé, prepara o café e ajusta os detalhes para abrir o comércio e, às 6h, acorda a filha e a arruma para ir ao colégio. Logo ao final da manhã, o outro compromisso é buscar Isabele que está saindo da escola.
“Geralmente, ela toma banho sozinha. Depois levo para tomar café e arrumo para ir à escola. Vou deixar e depois buscar”, conta sobre o dia a dia.
Essa é a rotina do pai que cuida sozinho da filha e sempre dedicou o tempo, entre o trabalho e as necessidades da bebê que ficou sob seus cuidados quando a mãe resolveu ir embora. Mas, para ele, tudo isso é muito natural e diz que todas as fases que viveu ao lado da filha valeram a pena.
“Minha filha é meu tudo. Minha vida gira em torno dela. Tudo que eu faço é só pra ela”, diz o pai orgulhoso em saber que neste Dia dos Pais não negligenciou o seu papel e não fugiu da responsabilidade que tinha sobre ele.
Na época, aos 34 anos, Costa enfrentou os desafios de cuidar da filha que nasceu prematura, pesando apenas 1,8 quilo. Ele relembra que teve de suprir as necessidades afetivas e materiais sem a presença materna. Mas hoje, ele conta com alegria que a filha é seu orgulho e passaria tudo de novo.
“Minha filha nasceu prematura, com 8 meses, na hora do parto teve a perna quebrada e até hoje precisamos fazer o acompanhamento médico. Foi difícil, porque ela passou dois meses na incubadora”, conta sobre as dificuldades do início.
Nos primeiros meses, ele e a ex-namorada cuidaram juntos de Isabele. Mas, a decisão da mãe de ir embora, mudou toda a rotina dos dois.
“Trocava fralda, fazia tudo. Dava de comer à minha filha e dava todo afeto que ela precisava”, pontua.
Fim do relacionamento
Costa conta que ele e a mãe da menina tinham terminado o relacionamento e a ex-namorada não sabia que estava grávida. Com a descoberta da gravidez, ele disse que não dava mais para reatar, mas que sempre esteve disponível para ajudar em tudo que fosse preciso.
“Quando soube que estava grávida, ela queria reatar, mas eu não queria mais. Só que disse que ia assumir a criança. Sempre me disponibilizei para isso, para comprar medicamentos, levar ao médico e suprir tudo que fosse preciso”, conta.
Contato com a mãe
O pai conta que a ex-namorada morava com uma irmã e alguns meses depois do nascimento de Isabele essa irmã mudou-se para um município do interior. Com a mudança, mãe e filha foram morar na casa de Costa.
“Essa irmã foi embora e então levei ela pra morar na minha casa, porque não queria ficar longe da minha filha. Ela passou dois meses, mas não estava gostando muito e resolveu ir embora para onde estava a irmã, mas não deixei que levasse a minha filha. E ela foi sozinha”, conta como tudo aconteceu.
Com o passar do tempo, o pai diz que ela foi deixando de manter contato e, hoje, elas não têm mais nenhum envolvimento.
“Hoje ela não tem mais contato, porque há uns quatro anos ela nem liga para saber como a menina está. Passam as datas, aniversário, dia das crianças, mando convite para a família e geralmente quem comparece é uma tia dela”, conta.
Segundo contou ao G1, o distanciamento da mãe ocorreu por causa de suas próprias decisões, mas que sempre tentou manter o contato. Além disso, ressaltou que tenta não deixar a filha entristecida com a situação.
“Uma vez ela chegou para mim e perguntou: ‘minha mãe me abandonou’? Mas, expliquei que ela deve estar muito ocupada com os afazeres”, disse.
Relação de pai e filha
Desde cedo, o pai teve que se adaptar aos cuidados diários e suprir todas as necessidades da filha.
Já hoje, o trabalho com os cuidados de um bebê ficaram para trás. Mas a dedicação é a mesma. E outras necessidades surgiram. Ele conta que há apenas um segredo na história toda e que sempre teve o apoio de toda a família, principalmente da mãe que sempre o ajudou na tarefa de cuidar da filha.
“Saio com ela, levo ao cinema, ao parquinho. Quando ela está em férias a gente aproveita bastante, viajamos. A gente sempre se diverte, vamos à pracinha. Acompanho as tarefas da escola. Sempre aproveitamos bons momentos juntos”, conta.
Costa conta que sempre foi elogiado por cuidar da filha e se dedicar a ela e ressalta que, muitas vezes, são os pais que abandonam os filhos.
“Geralmente é o contrário. Os pais muitas vezes abandonam os filhos. Mas, a minha filha é amada, tem uma família que a ama e dou uma boa educação”, conclui orgulhoso.
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Balneários de Brasiléia são fechados por falta de segurança

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3 anos atrásem
14 de setembro de 2020
Os balneários Kumarurana e Jarinal, localizados na zona rural do município de Brasiléia, foram fechados no último fim de semana, pelo 5º Batalhão do Corpo de Bombeiros, sediado naquele município, por não estarem cumprindo as normas de segurança.
Bastante frequentados pela população da região da fronteira e de outros municípios do estado, os espaços de lazer foram notificados a reabrir somente depois que se adequarem às exigências legais, principalmente contratando o serviço de salva-vidas.
“O local oferece esses banhos e cobram entrada das pessoas. Os municípios de Brasiléia e Epitaciolândia tem esses profissionais devidamente treinados e qualificados que deveriam estar oferecendo segurança aos banhistas”, explicou o sargento Vivian.
A ida do Corpo de Bombeiros aos balneários, com o apoio da Polícia Militar, se deu após denúncia de irregularidades. Nos locais, foi confirmada a falta do Atestado de Funcionamento e os banhistas tiveram que deixar a água por medida de segurança.
Em um dos casos, os militares foram desacatados por um frequentador em visível estado de embriaguez. O homem recebeu voz de prisão foi detido por desacato, sendo levado à delegacia onde foi ouvido e liberado.
Os estabelecimentos poderão responder jurídica e administrativamente caso reabram sem tomar as medidas de segurança exigidas para o seu funcionamento. Entre as possíveis sanções estão multa e perda do alvará de funcionamento.
Com colaboração e fotos do jornalista Alexandre Lima.
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Taxa de ocupação em leitos de UTI para a Covid-19 é de 30% no Acre

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3 anos atrásem
14 de setembro de 2020
A taxa geral de ocupação de leitos de Unidade Tratamento Intensivo (UTI) exclusivos para pacientes com a Covid-19 no Acre está em torno de 30% nesta segunda-feira (14).
Os dados são do Boletim de Assistência ao Enfrentamento da Covid-19, emitido pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). O boletim mostra a ocupação de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), por especialidade do leito e por regional.
Segundo dados oficiais, das 126 internações em leitos do SUS, 80 testaram positivo para Covid-19, ou seja, a maioria das pessoas que buscam atendimento médico foram infectadas pelo vírus.
Na região do Baixo Acre, que engloba as cidades de Rio Branco, Sena Madureira, Plácido de Castro e Acrelândia, das 70 Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), 27 estão ocupadas registrando uma taxa de ocupação de 38,6%.
A menor taxa de ocupação está na região do Juruá, que engloba Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Marechal Thaumaturgo, dos 20 leitos de UTI existentes, nenhum está ocupado, registrando 0% de ocupação. Os leitos clínicos somam 95 e 23 estão ocupados, registrando 24,2% de ocupação.
Já regional do Alto Acre, que engloba as cidades de Brasileia e Epitaciolândia, não há registro de uma ocupação de leitos de enfermaria num total de 19 leitos disponíveis. A regional do Alto Acre é a única que não tem leitos de UTI para a Covid-19.