NOSSAS REDES

BRASIL

Médica desiste de suicídio assistido após reencontro com ex-namorado

PUBLICADO

em

A oftalmologista Letícia de Ávila Franco Viñe está, há 8 anos, sofrendo as consequências de uma doença sem cura que tem uma média de sobrevida de 9 anos. Ela estaria, teoricamente, em seu último ano de vida.

A Síndrome Asia é uma doença autoimune causada por fatores externos ao corpo, como o silicone. Seu implante nos seios se rompeu acionando uma pré-disposição genética para a doença. A falta de conhecimento sobre essa síndrome levou Letícia a ser desacreditada por muitos médicos e não ter acesso a tratamentos adequados.

Sua vida virou um inferno. Em crises, o corpo todo dói. Ela não pode ser tocada. A dor não acha alívio na morfina, em opiódes mais potentes ou mesmo na canabis. Seus músculos paralisam, ela entra em parada cardíaca, vai para o hospital, passa a respirar artificialmente, até a crise passar. No ano passado, chegou a ficar 6 meses em coma, contando todas as internações.

O desespero ao ver a dor dos pais e a pouca perspectiva por qualidade de vida, levou Letícia a buscar o suicídio assistido. Ela se tornou membro da Dignitas, uma organização de suicídio assistido da Suíça que exige uma longa burocracia para aceitar pedidos, como diferentes laudos médicos e a adesão como membro da instituição, segundo a advogada especializada em testamento vital, Luciana Dadalto.

A Suíça não permite a eutanásia, e a distinção em relação ao suicídio assistido não é trivial. Na eutanásia, uma pessoa administra o remédio letal no paciente. No suicídio assistido, ele precisa tomar o remédio sozinho. Essa ação torna o suicídio assistido complicado para portadores de doenças como a ELA.

Em março, Letícia anunciou, em seu Facebook, que iria embora. Estava decidida a encaminhar um suicídio assistido na Suíça, então com o apoio dos pais. Esse apoio logo mais estremeceu. A mãe se via estraçalhada com a ideia de levar sua única filha para morrer.

O post trouxe um ex-namorado à sua porta, o empreendedor Guilherme Viñe. Há dez anos, ela operou o olho de Guilherme, salvando-o de uma possível cegueira. Ele passou a enxergar como ninguém e se apaixonou pela primeira pessoa que viu: Letícia. A vida os levou a destino diferentes, se separaram.  Esse reencontro ocorreu da forma mais inesperada possível: diante uma possibilidade real de morte, a perda mais irremediável de todas.

Letícia e Guilherme contaram os detalhes de sua história, e do reencontro, no programa da TV Globo “Conversa com Bial”, que irá ao ar nessa próxima terça-feira.

Com o mote para falar sobre “A Boa Morte”, esse programa inicia com o foco em cuidados paliativos, uma área da medicina tão pouco conhecida e mal interpretada. Com o depoimento da médica geriatra paliativista Ana Claudia Arantes, questionando as bases da prática atual da medicina e a velejadora Elfriede Galera, que convide com um câncer de mama com metástase no fígado, ossos e pulmão há oito anos. Ela grita, para todo mundo ouvir, que o preconceito contra “metástase” deve ser ultrapassado. Assunto para o próximo post.

Contato: [email protected]

Sabia mais:

Esse blog tem uma categoria que reúne posts sobre cuidados paliativos. Clique aqui.

Também disponibiliza uma categoria sobre eutanásia e suicídio assistido. Clique aqui.

Advertisement
Comentários

Comente aqui

ACRE

Brasileiros querem volta das aulas apenas após vacina da Covid-19

PUBLICADO

em

Para 72% dos brasileiros das classes A, B e C, os estudantes só devem voltar a ter aulas presenciais depois que uma vacina para o novo coronavírus estiver disponível, segundo pesquisa Ibope divulgada pelo jornal “O Globo” nesta segunda-feira (7).

O levantamento foi feito entre os dias 21 e 31 de agosto, pela internet, com 2.626 pessoas com mais de 18 anos e das classes A, B e C. O nível de confiança é de 95% dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Continue lendo

BRASIL

Aborto Realizado: Médicos interrompem gravidez da menina de 10 anos que foi abusada pelo próprio tio

PUBLICADO

em

De acordo com o portal A Gazeta, a equipe médica do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, para onde foi levada a menina de 10 anos que ficou grávida após ser abusada pelo tio, já terminou a primeira etapa do aborto.

O médico Olimpio Barbosa de Morais Filho foi o responsável pelo procedimento e segundo ele, a menina poderá voltar para o Espírito Santo nesta quarta-feira (19), mas ainda não foi confirmado oficialmente quando ela receberá alta hospitalar.

O aborto foi autorizado pela Justiça do Espírito Santo, com um procedimento onde é ministrada uma injeção com medicamentos que resulta no óbito do feto e isto já foi feito.

Na madrugada de hoje começou a segunda etapa do procedimento, que é retirar o feto já sem vida e isto será realizado através de medicamentos.

O processo é concluído quando for realizada a limpeza total do útero da menina, que primeiramente foi internada no Hospital das Clínicas, em Vitória, só que a equipe médica de lá não quis fazer o aborto, alegando que a legislação vigente não poderia ser aplicada neste caso devido a idade gestacional.

A princípio foi dito que a menina estava no terceiro mês de gestação, mas exames posteriores revelaram que era o quinto mês. A criança foi levada para um hospital em Recife, onde o aborto então foi realizado e está sendo concluído hoje.

Ainda de acordo com o portal A Gazeta, familiares se mostraram favoráveis à interrupção da gravidez da menina. Um grupo de religiosos chegou a ir até a entrada do hospital protestar contra o aborto na noite de ontem.

VIA: PortalR7notícias

Continue lendo

TOP MAIS LIDAS

    Feedback
    WhatsApp Fale conosco