POLÍTICA
Gladson sofre pressão dentro do governo para não nomear Ney Amorim como articulador político

PUBLICADO
6 anos atrásem

Apesar de ter declarado por diversas vezes que vai nomear o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Ney Amorim (Sem partido), para ser um dos articuladores político, o governador Gladson Cameli (PP) vem sofrendo pressão interna para não o fazer. A resistência maior é do ex-prefeito Vagner Sales (MDB) e do deputado José Bestene (PP), do partido de Gladson. Por outro lado, o presidente da Assembleia, Nicolau Junior (PP), o 1º secretário, Luís Gonzaga (PSDB) e o líder do governo, deputado Gerlen Diniz (PP), lideram o movimento a favor Ney.
O apoio da maioria absoluta dos deputados estaduais também se deve ao fato de Ney ter sido um dos articuladores da eleição na Assembleia que redundou na eleição de Nicolau, o que desagradou o MDB e setores do PP liderados por Bestene, que chegou a criticar a condução do processo pela “oposição”. A subida do tucano Luís Gonzaga também desagradou o MDB, que queria o cargo para o deputado Roberto Duarte. São exatamente esses dois segmentos insatisfeitos com o resultado na eleição da Aleac que se opõe a nomeação de Ney.
A pressão a Gladson contra a nomeação de Ney Amorim não é nenhum segredo nos bastidores do Palácio Rio Branco. O porta voz, jornalista Rogério Venceslau, reconheceu a “dificuldade do governo”, mas assegurou que a palavra final será do governador Gladson Cameli. O motivo é apenas uma questão de disputa de espaço político, já que Ney aderiu à campanha da oposição depois de romper com o PT na briga pelo Senado. MDB e PP estariam “dando o troco” pela nova composição da Mesa Diretora.
O vice-governador major Rocha (PSDB) também se soma aos que defendem a participação de Ney Amorim na coordenação política, principalmente na discussão e encaminhamento dos projetos do Executivo ao Poder Legislativo. A experiência de Ney de três mandatos de deputado estadual, também como secretário e presidente da Casa ajudaria muito O governo na articulação com sua base de sustentação. Se depender de Rocha, Ney já teria sido nomeado.
GLADSON AGUARDA O MOMENTO CERTO PARA CUMPRIR A PALAVRA
O governador Gladson Cameli afirmou que formulou sim convite para que Ney Amorim integre sua equipe. E que pretende fazer o mais breve possível independente da pressão dos aliados. Ney Amorim, ouvido pelo ac24horas, também confirmou o convite e disse que está pronto para ajudar o governo no que mais sabe fazer, a articulação política junto aos deputados.
Relacionado

Matheus Leitão
Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social)
Digital Completo
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES
Revista em Casa + Digital Completo
Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Relacionado

Felipe Barbosa
Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Digital Completo
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES
Revista em Casa + Digital Completo
Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Relacionado
POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…

PUBLICADO
2 meses atrásem
5 de maio de 2025
Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.