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DENÚNCIA

Familiares do deputado Manoel Moraes são suspeitos de vencer licitação e não entregar os itens licitados

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Filho de deputado “sopra” para o tio empresário, que vende abaixo do preço de fábrica, domina licitação e é suspeito de não entregar produtos.

Um grupo empresarial ligado à família do deputado Manoel Moraes (PSB) deverá se explicar ao Ministério Público sobre uma denúncia de cartel e desvio de recursos públicos. A denúncia foi protocolada por empresários que se sentiram prejudicados no último processo licitatório, que adquiriu produtos alimentícios para a merenda escolar de Rio Branco.

Na foto, Manoel de Jesus Leite SilvaCristian Silva Sales, parentes do deputado estadual Manoel Moraes de Sales (PSB).

O grupo seria formado pelo cunhado do deputado estadual Manoel Moraes (PSB), o filho do parlamentar e mais duas empresas – suspeitos por ofertarem lances menores do que os preços das fábricas.

A denúncia levanta suspeita pela não entrega dos alimentos. A reportagem do Acjornal teve acesso a uma nota de empenho, no valor de mais R$ 2,5 milhões. O grupo suspeito ganhou 56 itens de uma lista de 66 produtos.

O esquema funciona da seguinte forma: o filho do deputado, Cristian Silva Sales, por não estar habilitado a dar lances, orienta o seu tio, Manoel de Jesus Leite Silva, a estabelecer os valores. Uma imagem marcante ilustra essa reportagem, num momento em que Cristian sopra ao ouvido do tio, durante a abertura de envelopes.

Os preços ofertados pela empresa M.M Silva Comércio e Serviços LTDA, que pertence a ele e ganha praticamente todas as ofertas porque os preços são inexeqüíveis pelos concorrentes.

No último certame, por exemplo, ofertou o valor de R$ 2,20 por um pacote de 200 gramas de biscoito. Esse mesmo produto é vendido na fábrica Miragina Indústria e Comércio pelo preço de R$ 2,24. O mesmo fato ocorreu com um pacote de charque bovino de 500 gramas.

A empresa ganhou para entregar a R$ 12,49, enquanto a fábrica Plácido de Castro Norte Sul Mineiro oferece o mesmíssimo produto pelo valor de R$ 15,90.

O mais interessante dessa história surreal é que os fabricantes também participaram de mesmo processo licitatório e, obviamente, perderam. “Existe uma lei que obrigada o ente público a comprar os produtos das indústrias instaladas aqui. Esse esquema criminoso é tão ousado que não respeita nem isso”, declarou um dos denunciantes. Eles asseguram que irão entrar na justiça para impedir a homologação do certame.

As parceiras do conluio

Também fazem parte do suposto esquema as empresas T. Leite Silva-ME, de Tiago Leite, com sede na Rua João Pessoa, N° 313, Tarauacá, e a J & R- Comércio Importação e Exportação LTDA- ME, que está localizada na Av Manoel Marinho Monte, 460, Três Botequins, em Brasileia, cujo representante é Romeu Carlos Araújo. “Essas empresas e a M.M Silva Comércio e Serviços LTDA são selecionadas para ofertar os lances. As primeiras retiram as propostas e a empresa da família do deputado ganha tudo”, diz a denúncia.

O MP investiga o fato de que no último processo participaram 25 empresas. “Alguém pode vender mais barato do que as fabrica? Como a empresa vencedora é obrigada a entregar conforme está descrito no edital, ela adquire esses produtos das mesmas fábricas que participaram da licitação”, acrescentou a fonte.

O outro lado

A reportagem conseguiu falar com dono da J & R – Comércio Importação e Exportação –ME. O proprietário, Romeu Carlos Araújo, negou qualquer envolvimento com o suposto conluio. “A lei 8.538 seleciona três empresas para dar os lances. Eu ofereço o preço, eu posso cobrir. Como o vencedor consegue esse preço e se ele vai entregar os produtos eu não sei. Eu só posso falar pela minha empresa”, declarou o empresário. Também tentamos falar como o empresário Tiago leite. O telefone que consta no site da Secretaria de Fazenda (Sefaz) é o (68) 35422736, ou seja, o número pertence à cidade de Xapuri. As ligações não foram completadas.

O deputado Manoel Moraes não foi localizado

O espaço está aberto para possíveis contestações. 

Os documentos que ilustram a reportagem são autênticos e as cópias estão em poder do Acjornal

CIDADES

Polícia ainda não conseguiu prender filho de deputado que está foragido em Rondônia

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O empresário Cristian Silva, filho do deputado Manoel Moraes (PSB) ainda não foi encontrado pela  Polícia Civil. A justiça decretou a sua prisão e de mais seis pessoas na Operação Mitocôndria.

De acordo com Manoel Moraes, Cristian está participando de uma pescaria previamente agendada. “Eu cheguei no apartamento e soube que ele tinha ido a uma pescaria já programado a muito tempo. Estou mandando nosso pessoal ir atrás dele pra se apresentar”, disse.

A prisão de Cristian chegou a ser divulgada por ac24horas, mas a polícia informou que ele ainda não foi preso e que está a procura do empresário.

De acordo com os investigadores, Cristian é considerado foragido e estaria no Estado de Rondônia.

De acordo com os advogados de Cristian, ele deverá se apresentar as autoridades no período da tarde. O apartamento aonde reside foi alvo de busca e apreensão.

Como o ac24horas adiantou em duas reportagens publicadas nesta semana, um esquema pode ter movimentado mais de R$ 20 milhões no desvio de recursos públicos destinado a merenda escolar no Acre.

A justiça atendeu a representação da Polícia Civil e bloqueou, preliminarmente, R$ 5 milhões das contas dos investigados, além de tornar, temporariamente, indisponíveis bens móveis, imóveis e semoventes dos envolvidos.

A operação policial já conta com 2 meses de investigação com foco em desvio de recursos públicos relacionados a merenda escolar sendo apuradas diversas práticas como: entrega de produtos e itens com qualidade inferior ao contratado ou em quantidade menor, além falsificado de documento público, falsidade ideológica e associação criminosa entre outros crimes e irregularidades previstas na Lei de Licitações e Contratos Públicos.

Esquema da merenda contabilizou “consumo” de 60 toneladas de açúcar em 10 dias.

Durante a coletiva de imprensa, a Polícia Civil detalhou um pouco de como funcionava o esquema de desvio de recursos públicos destinados à merenda escola.

A frase “tirar comida da boca de criança”, nunca fez tanto sentido.

A organização criminosa que virou o conluio entre empresários e servidores públicos fazia com que estudantes consumissem produtos de qualidade abaixo do que era pago.

A matemática é simples. O empresário recebia por determinado produto especificado na licitação como diz as especificações do processo licitatório. Na hora da entrega, o empresário entregava um material bem abaixo na qualidade e, consequentemente, de valor bem menor. Com isso, enquanto os estudantes consumiam produtos de qualidade duvidosa, o empresário ganhava mais dinheiro, pagava o servidor que fazia vista grossa ao esquema.

Isso quando o produto era entregue, já que as investigações apontam que muitos produtos, mesmo não sendo entregues foram pagos normalmente.

Uma outra faceta do golpe era a entrega parcial dos produtos. O empresário entregava uma quantidade, mas nos documentos era lançado uma quantidade superfaturada e fraudulenta.

Era comum no esquema aparecer nas notas grandes quantias de produtos que deveriam durar diversos meses e como a quantidade real entregue era bem menor, os produtos acabavam rapidamente.

Outro esquema revelado era com a distribuição de carne. No contrato que se previa entrega de carne de primeira, os alunos se alimentavam de carne de segunda, com qualidade bem inferior.

O delegado Alcino Júnior confirmou algumas das descobertas da investigação. “Ainda é prematuro falar em número porque ainda estamos em investigação. Mas, podemos dizer, por exemplo, claramente que entregas foram feitas e por essas entregas os alunos teriam que ter consumido mais 60 mil quilos de açúcar em 10 dias”, diz.

Essas empresas, além de investigadas, vão passar por um procedimento administrativo e devem ficar proibidas de firmar contrato com o poder público.

 

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ACRE

Principal alvo da operação, filho do deputado Manoel Moraes é preso pela polícia

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O empresário Cristian Silva Salves, filho do deputado estadual Manoel Moraes (PSB), foi um dos 7 presos durante a operação Mitocôndria, desencadeada pela Polícia Civil, através da Delegacia de Combate à corrupção – DECOR e Departamento de Inteligência – DI, na manhã desta quinta-feira, 9.

As autoridades cumprem ainda 20 mandados de busca e apreensão as sedes de 4 empresas em Rio Branco, Tarauacá e Xapuri, além dos armazéns de merenda escolar da SEE, em Rio Branco, Tarauacá, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul.

Outro preso seria o cunhado do deputado, conhecido por Manoel Tarauacá, que teria sido detido em Rio Branco. Todas as empresas ligadas a família do parlamentar foram visitadas pela polícia. Em um dos armazéns os agentes da PC encontraram armas.

Como o ac24horas adiantou em duas reportagens publicadas nesta semana, um esquema pode ter movimentado mais de R$ 20 milhões no desvio de recursos públicos destinado a merenda escolar no Acre.

A justiça atendeu a representação da Polícia Civil e bloqueou, preliminarmente, R$ 5 milhões das contas dos investigados, além de tornar, temporariamente, indisponíveis bens móveis, imóveis e semoventes dos envolvidos.

A operação policial já conta com 2 meses de investigação com foco em desvio de recursos públicos relacionados a merenda escolar sendo apuradas diversas práticas como: entrega de produtos e itens com qualidade inferior ao contratado ou em quantidade menor, além falsificado de documento público, falsidade ideológica e associação criminosa entre outros crimes e irregularidades previstas na Lei de Licitações e Contratos Públicos.

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