DENÚNCIA
Em Tarauacá, Roberto Duarte denuncia obra inacabada e descaso com dinheiro público

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5 anos atrásem

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Na quinta-feira, 09, o deputado estadual Roberto Duarte (MDB) visitou o município de Tarauacá, interior do Acre. Na ocasião, Duarte participou de reuniões, proferiu palestra numa Sessão Especial na Câmara Municipal, visitou o Hospital Dr. Sansão Gomes e a escola estadual João Ribeiro, concedeu entrevistas nas rádios locais, além de visitar obras públicas concluídas, em andamento, e inacabadas.
Distante 7 km do centro de Tarauacá, o polo moveleiro foi uma das obras inacabadas visitadas por Duarte. Na tribuna na ALEAC, nesta terça-feira, 14, Duarte denunciou o total descaso da obra por parte do poder público.
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Obra aguarda inauguração desde 2011
No ano de 2011, o ex-governador Tião Viana, acompanhado dos ex-secretários de Estado de Floresta, João Paulo Mastrângelo, e de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, assinaram uma ordem de serviço para o início das obras da fábrica de compensados em Tarauacá.
Na época, segundo informou a Agência de Notícias do Acre, o empreendimento seria uma parceria entre o governo do Estado e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e visava promover a agregação de valor aos recursos florestais madeireiros do Vale do Juruá.
De acordo com o ex-governador Tião Viana, a iniciativa geraria emprego, renda e a conservação do meio ambiente. Na época Viana afirmou que “O mais importante desse empreendimento é o alcance social que ele tem. Nós vamos ter aproximadamente 600 famílias vivendo da floresta de uma outra forma, com emprego e qualidade de vida. Tudo isso que fazemos agora só foi possível graças ao trabalho dos governadores Jorge Viana e Binho Marques, que nos deram as bases para consolidar a economia florestal do estado do Acre”.
A Agência de Notícias do Acre, naquele ano, divulgou que cerca de 200 empregos diretos e 300 indiretos seriam criados junto com a fábrica.
A área de manejo da madeira seria de 6.500 hectares, o que corresponderia a 15% do que já é explorado em todo o Acre. A indústria de compensado teria 8.400 metros quadrados de área construída e atenderá todos os requisitos para ser ecologicamente correta: geração de energia elétrica própria, a partir do aproveitamento de resíduos. Serão 5.136 mwh/ano, além de uma estação de tratamento de água e efluentes.
Segundo afirmava o então governo, a fábrica deveria iniciar as atividades em julho de 2011. O investimento é de aproximadamente R$ 19,5 milhões. “A indústria em Tarauacá vai trabalhar em sintonia com a indústria de faqueados em Cruzeiro do Sul. O Vale do Juruá será importante polo produtor e exportador de produtos madeireiros agregados”, disse o então secretário Edvaldo Magalhães.
Por Acre.com.br
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CIDADES
Polícia ainda não conseguiu prender filho de deputado que está foragido em Rondônia

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4 anos atrásem
9 de abril de 2020
O empresário Cristian Silva, filho do deputado Manoel Moraes (PSB) ainda não foi encontrado pela Polícia Civil. A justiça decretou a sua prisão e de mais seis pessoas na Operação Mitocôndria.
De acordo com Manoel Moraes, Cristian está participando de uma pescaria previamente agendada. “Eu cheguei no apartamento e soube que ele tinha ido a uma pescaria já programado a muito tempo. Estou mandando nosso pessoal ir atrás dele pra se apresentar”, disse.
A prisão de Cristian chegou a ser divulgada por ac24horas, mas a polícia informou que ele ainda não foi preso e que está a procura do empresário.
De acordo com os investigadores, Cristian é considerado foragido e estaria no Estado de Rondônia.
De acordo com os advogados de Cristian, ele deverá se apresentar as autoridades no período da tarde. O apartamento aonde reside foi alvo de busca e apreensão.
Como o ac24horas adiantou em duas reportagens publicadas nesta semana, um esquema pode ter movimentado mais de R$ 20 milhões no desvio de recursos públicos destinado a merenda escolar no Acre.
A justiça atendeu a representação da Polícia Civil e bloqueou, preliminarmente, R$ 5 milhões das contas dos investigados, além de tornar, temporariamente, indisponíveis bens móveis, imóveis e semoventes dos envolvidos.
A operação policial já conta com 2 meses de investigação com foco em desvio de recursos públicos relacionados a merenda escolar sendo apuradas diversas práticas como: entrega de produtos e itens com qualidade inferior ao contratado ou em quantidade menor, além falsificado de documento público, falsidade ideológica e associação criminosa entre outros crimes e irregularidades previstas na Lei de Licitações e Contratos Públicos.
Esquema da merenda contabilizou “consumo” de 60 toneladas de açúcar em 10 dias.
Durante a coletiva de imprensa, a Polícia Civil detalhou um pouco de como funcionava o esquema de desvio de recursos públicos destinados à merenda escola.
A frase “tirar comida da boca de criança”, nunca fez tanto sentido.
A organização criminosa que virou o conluio entre empresários e servidores públicos fazia com que estudantes consumissem produtos de qualidade abaixo do que era pago.
A matemática é simples. O empresário recebia por determinado produto especificado na licitação como diz as especificações do processo licitatório. Na hora da entrega, o empresário entregava um material bem abaixo na qualidade e, consequentemente, de valor bem menor. Com isso, enquanto os estudantes consumiam produtos de qualidade duvidosa, o empresário ganhava mais dinheiro, pagava o servidor que fazia vista grossa ao esquema.
Isso quando o produto era entregue, já que as investigações apontam que muitos produtos, mesmo não sendo entregues foram pagos normalmente.
Uma outra faceta do golpe era a entrega parcial dos produtos. O empresário entregava uma quantidade, mas nos documentos era lançado uma quantidade superfaturada e fraudulenta.
Era comum no esquema aparecer nas notas grandes quantias de produtos que deveriam durar diversos meses e como a quantidade real entregue era bem menor, os produtos acabavam rapidamente.
Outro esquema revelado era com a distribuição de carne. No contrato que se previa entrega de carne de primeira, os alunos se alimentavam de carne de segunda, com qualidade bem inferior.
O delegado Alcino Júnior confirmou algumas das descobertas da investigação. “Ainda é prematuro falar em número porque ainda estamos em investigação. Mas, podemos dizer, por exemplo, claramente que entregas foram feitas e por essas entregas os alunos teriam que ter consumido mais 60 mil quilos de açúcar em 10 dias”, diz.
Essas empresas, além de investigadas, vão passar por um procedimento administrativo e devem ficar proibidas de firmar contrato com o poder público.
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ACRE
Principal alvo da operação, filho do deputado Manoel Moraes é preso pela polícia

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4 anos atrásem
9 de abril de 2020
O empresário Cristian Silva Salves, filho do deputado estadual Manoel Moraes (PSB), foi um dos 7 presos durante a operação Mitocôndria, desencadeada pela Polícia Civil, através da Delegacia de Combate à corrupção – DECOR e Departamento de Inteligência – DI, na manhã desta quinta-feira, 9.
As autoridades cumprem ainda 20 mandados de busca e apreensão as sedes de 4 empresas em Rio Branco, Tarauacá e Xapuri, além dos armazéns de merenda escolar da SEE, em Rio Branco, Tarauacá, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul.
Outro preso seria o cunhado do deputado, conhecido por Manoel Tarauacá, que teria sido detido em Rio Branco. Todas as empresas ligadas a família do parlamentar foram visitadas pela polícia. Em um dos armazéns os agentes da PC encontraram armas.
Como o ac24horas adiantou em duas reportagens publicadas nesta semana, um esquema pode ter movimentado mais de R$ 20 milhões no desvio de recursos públicos destinado a merenda escolar no Acre.

A justiça atendeu a representação da Polícia Civil e bloqueou, preliminarmente, R$ 5 milhões das contas dos investigados, além de tornar, temporariamente, indisponíveis bens móveis, imóveis e semoventes dos envolvidos.
A operação policial já conta com 2 meses de investigação com foco em desvio de recursos públicos relacionados a merenda escolar sendo apuradas diversas práticas como: entrega de produtos e itens com qualidade inferior ao contratado ou em quantidade menor, além falsificado de documento público, falsidade ideológica e associação criminosa entre outros crimes e irregularidades previstas na Lei de Licitações e Contratos Públicos.