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Em 2019, maternidade do interior do Acre registrou 18 mortes de bebês

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A Maternidade Ethel Muriel Geddis, em Tarauacá, no interior do Acre, registrou 18 mortes de recém-nascidos desde janeiro deste ano. O número foi confirmado ao G1, nesta terça-feira (24), pela diretora da unidade, Laura Pontes.
O caso foi denunciado pela vereadora Janaína Furtado, nesta segunda (23), durante pronunciamento na Câmara Municipal de Tarauacá.
“Pedimos providências, porque estamos muito preocupados com essa situação, já que o índice está alto e queremos manifestação da Sesacre, porque não pode continuar dessa forma. Nós sabemos do empenho e dedicação dos profissionais, mas alguma coisa está faltando”, disse a vereadora.
Conforme os dados da direção da Maternidade, em todo o ano de 2018 foram registrados 24 óbitos de bebês, já em 2017 foram 33. Os números preocupam a direção, que solicitou um estudo por parte da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) para tentar identificar o que tem motivado os óbitos e buscar soluções.
“Não é um problema novo, isso já vem se arrastando por muitos anos, e chegou o momento em que eu vi a necessidade de tentar reduzir esses números, por isso que solicitei esse estudo da Sesacre. Houve 18 óbitos, mas, a gente não tem detalhada a causa da morte dessas crianças. Então, a gente procurou essa equipe para identificar onde que está o erro, se é no estado, no município, ou no próprio paciente”, disse a diretora.
Falta especialistas e de ultrassom
O médico ginecologista obstetra Rodrigo Damasceno, que atende na maternidade de Tarauacá, afirmou que são feitos, em média, 120 partos por mês na unidade do interior do Acre, que também atende pacientes de Jordão e Feijó. Segundo ele, é importante lembrar que os casos estão relacionados a diversos fatores.
“Nesses 18 casos têm os natimortos e os bebês prematuros extremos. Outro viés importante é que a maternidade é a ponta, ou seja, a gente recebe o que é feito durante o pré-natal e há quase dois meses que não tem disponível no município o exame de ultrassom para pacientes de baixo risco. Além disso, tem a situação que vivenciamos no interior, que é de falta de especialista. Então, as condições que estamos trabalhando aqui no município também não são as mais ideais”, afirmou o médico.
Damasceno falou ainda da importância da participação das pacientes nas palestras e encontros promovidos pela maternidade para orientações sobre os cuidados durante gravidez. Segundo ele, muitas acabam não conhecendo os sintomas de risco.
“Precisa também da participação das pacientes nas palestras para que saibam dos sinais de alerta. Só assim, vão saber quando devem procurar a maternidade. Muitas vezes, ela está passando por uma situação de risco, mas quando não está ciente dos sinais de alerta, acha que está tudo bem. Precisa mais dessa conscientização e adesão das pessoas”, disse o especialista.
O médico lamenta os números e diz que a equipe tem se esforçado para evitar que mais casos sejam registrados. “A gente lamenta, não é algo que sejamos indiferentes com a dor de quem está esperando um filho, mas todo parto é passível de complicação. Claro que ninguém espera esse desfecho. Nós estamos fazendo nosso esforço, mas temos um quadro de limitação no nosso trabalho”, concluiu.
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ACRE
Balneários de Brasiléia são fechados por falta de segurança

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4 meses atrásem
14 de setembro de 2020
Os balneários Kumarurana e Jarinal, localizados na zona rural do município de Brasiléia, foram fechados no último fim de semana, pelo 5º Batalhão do Corpo de Bombeiros, sediado naquele município, por não estarem cumprindo as normas de segurança.
Bastante frequentados pela população da região da fronteira e de outros municípios do estado, os espaços de lazer foram notificados a reabrir somente depois que se adequarem às exigências legais, principalmente contratando o serviço de salva-vidas.
“O local oferece esses banhos e cobram entrada das pessoas. Os municípios de Brasiléia e Epitaciolândia tem esses profissionais devidamente treinados e qualificados que deveriam estar oferecendo segurança aos banhistas”, explicou o sargento Vivian.
A ida do Corpo de Bombeiros aos balneários, com o apoio da Polícia Militar, se deu após denúncia de irregularidades. Nos locais, foi confirmada a falta do Atestado de Funcionamento e os banhistas tiveram que deixar a água por medida de segurança.
Em um dos casos, os militares foram desacatados por um frequentador em visível estado de embriaguez. O homem recebeu voz de prisão foi detido por desacato, sendo levado à delegacia onde foi ouvido e liberado.
Os estabelecimentos poderão responder jurídica e administrativamente caso reabram sem tomar as medidas de segurança exigidas para o seu funcionamento. Entre as possíveis sanções estão multa e perda do alvará de funcionamento.
Com colaboração e fotos do jornalista Alexandre Lima.
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ACRE
Taxa de ocupação em leitos de UTI para a Covid-19 é de 30% no Acre

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4 meses atrásem
14 de setembro de 2020
A taxa geral de ocupação de leitos de Unidade Tratamento Intensivo (UTI) exclusivos para pacientes com a Covid-19 no Acre está em torno de 30% nesta segunda-feira (14).
Os dados são do Boletim de Assistência ao Enfrentamento da Covid-19, emitido pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). O boletim mostra a ocupação de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), por especialidade do leito e por regional.
Segundo dados oficiais, das 126 internações em leitos do SUS, 80 testaram positivo para Covid-19, ou seja, a maioria das pessoas que buscam atendimento médico foram infectadas pelo vírus.
Na região do Baixo Acre, que engloba as cidades de Rio Branco, Sena Madureira, Plácido de Castro e Acrelândia, das 70 Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), 27 estão ocupadas registrando uma taxa de ocupação de 38,6%.
A menor taxa de ocupação está na região do Juruá, que engloba Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Marechal Thaumaturgo, dos 20 leitos de UTI existentes, nenhum está ocupado, registrando 0% de ocupação. Os leitos clínicos somam 95 e 23 estão ocupados, registrando 24,2% de ocupação.
Já regional do Alto Acre, que engloba as cidades de Brasileia e Epitaciolândia, não há registro de uma ocupação de leitos de enfermaria num total de 19 leitos disponíveis. A regional do Alto Acre é a única que não tem leitos de UTI para a Covid-19.