BRASIL
Auditoria aponta ação de políticos e partidos na Caixa

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6 anos atrásem

Na Caixa, a suspeita da mesma dinâmica que atingiu a Petrobras: nomeações políticas em troca de contrapartidas indevidas (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil).
Investigação lista ao menos quatro vice-presidências do banco em que houve influência política; ao todo, onze dos doze executivos foram apadrinhados
Investigação independente contratada pela Caixa sugere influência política no banco em ao menos quatro vice-presidências. O documento foi produzido pelo escritório de advocacia Pinheiro Neto e será anexado aos processos relacionados ao banco para reforçar as denúncias contra políticos e ex-funcionários que atuariam em favor de grandes empresas.
Nesta segunda-feira (15), a Procuradoria da República do Distrito Federal entregou à 10ª Vara Federal em Brasília as alegações finais no processo sobre desvios na vice-presidência de Fundos de Governo e Loterias, responsável pelo fundo de investimento do FGTS (FI-FGTS). O caso teve origem na operação Sépsis, que prendeu o corretor Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do PMDB da Câmara.
O documento produzido pelo Pinheiro Neto é o mesmo cujo conteúdo embasou a recomendação do Ministério Público Federal (MPF) para que a Caixa substitua os seus doze vice-presidentes e contrate uma empresa de recrutamento para selecionar os executivos. O banco rejeitou a sugestão.
A solicitação foi encaminhada à Caixa e ao ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), em dezembro. Na negativa, o banco afirmou ter um “sistema de governança adequado à Lei das Estatais, fazendo com que a maior parte das recomendações já estejam implementadas, em implementação ou em processo de estudo pelas suas instâncias decisórias, antes mesmo de qualquer manifestação do MPF”.
A Caixa é alvo das operações Sépsis, que apura desvios no FI-FGTS; Cui Bono?, sobre desvios em liberações de créditos a grandes empresas; e Patmos, que investiga desvios praticados pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e por Fábio Cleto, ex-vice-presidente de Fundos e Loterias. Personagens políticos, como Cunha e o também ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves(PMDB-RN), estão presos por causa dessas operações.
No documento encaminhado à Caixa, os procuradores apontaram supostas irregularidades que teriam sido mapeadas pela investigação do escritório Pinheiro Neto contra ao menos quatro vice-presidentes do banco: vazamento de informações privilegiadas para políticos sobre andamento de pedidos de empréstimos; negociação de cargo em estatal como moeda de troca para liberação de crédito; e pedidos para atender a “demandas” de políticos como garantia para a manutenção da vaga de vice-presidente.
Onze dos atuais doze vice-presidentes foram indicados por sete partidos: PMDB, PSDB, DEM, PR, PRB, PP e PSB. Quando ainda era interino, o presidente Michel Temer (PMDB) anunciou que barraria o aparelhamento político nas estatais e fundos de pensão. Ele suspendeu as nomeações com o argumento de que só seria nomeado “pessoal com alta qualificação técnica”.
Vice-presidentes
O vice-presidente Corporativo, Antônio Carlos Ferreira (PRB), afirmou que Eduardo Cunha o procurou para colocar três condições para sua manutenção no cargo: demitir o então diretor Hermínio Basso, prestar contas sobre sua atuação e informar ao peemedebista todas as operações da Caixa acima de 50 milhões de reais.
A atual vice-presidente de Fundos e Loterias, Deusdina dos Reis Pereira (PR), negociou sua nomeação para um cargo no conselho de administração da Cemig, a companhia energética de Minas Gerais, em e-mails “mediante insinuação”, segundo o relatório, de trocas de interesse em operação da companhia no banco.
O vice-presidente de Clientes, Negócios e Transferência Digital, José Henrique Marques da Cruz (PP), mantinha relações próximas com Geddel e Cunha, em operações envolvendo as empresas Marfrig/Seara e J&F. Eles esperavam sinalização de pagamento da J&F em razão de operação do conglomerado.
Por Estadão Conteúdo.
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Brasileiros querem volta das aulas apenas após vacina da Covid-19

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3 anos atrásem
7 de setembro de 2020
Para 72% dos brasileiros das classes A, B e C, os estudantes só devem voltar a ter aulas presenciais depois que uma vacina para o novo coronavírus estiver disponível, segundo pesquisa Ibope divulgada pelo jornal “O Globo” nesta segunda-feira (7).
O levantamento foi feito entre os dias 21 e 31 de agosto, pela internet, com 2.626 pessoas com mais de 18 anos e das classes A, B e C. O nível de confiança é de 95% dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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Aborto Realizado: Médicos interrompem gravidez da menina de 10 anos que foi abusada pelo próprio tio

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3 anos atrásem
18 de agosto de 2020
De acordo com o portal A Gazeta, a equipe médica do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, para onde foi levada a menina de 10 anos que ficou grávida após ser abusada pelo tio, já terminou a primeira etapa do aborto.
O médico Olimpio Barbosa de Morais Filho foi o responsável pelo procedimento e segundo ele, a menina poderá voltar para o Espírito Santo nesta quarta-feira (19), mas ainda não foi confirmado oficialmente quando ela receberá alta hospitalar.
O aborto foi autorizado pela Justiça do Espírito Santo, com um procedimento onde é ministrada uma injeção com medicamentos que resulta no óbito do feto e isto já foi feito.
Na madrugada de hoje começou a segunda etapa do procedimento, que é retirar o feto já sem vida e isto será realizado através de medicamentos.
O processo é concluído quando for realizada a limpeza total do útero da menina, que primeiramente foi internada no Hospital das Clínicas, em Vitória, só que a equipe médica de lá não quis fazer o aborto, alegando que a legislação vigente não poderia ser aplicada neste caso devido a idade gestacional.
A princípio foi dito que a menina estava no terceiro mês de gestação, mas exames posteriores revelaram que era o quinto mês. A criança foi levada para um hospital em Recife, onde o aborto então foi realizado e está sendo concluído hoje.
Ainda de acordo com o portal A Gazeta, familiares se mostraram favoráveis à interrupção da gravidez da menina. Um grupo de religiosos chegou a ir até a entrada do hospital protestar contra o aborto na noite de ontem.
VIA: PortalR7notícias