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Acre degradou mais 10% de sua floresta até junho de 2019

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Um relatório divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) na semana passada aponta que o desmatamento no Acre aumentou consideravelmente até o mês de junho deste ano. A pesquisa compara o índice de desmatamento entre 2018 e 2019 com o analisado em agosto de 2017 e junho de 2018. O estudo chega à conclusão de que o estado desmatou mais que o dobro este ano em relação a junho do ano passado.

Conforme os gráficos, o Acre foi o quinto estado da Amazônia Legal a elevar o número de desmatamento. Na pesquisa feita entre 2017 e 2018, foram desmatados 69 km 2 de floresta. Entre agosto de 2018 e junho de 2019, a quantidade subiu para 184 km2.

O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) diz que em junho do ano passado o Acre acabou com cerca de 1000 hectares, já no mesmo mês este ano, desmatou aproximadamente 4000 hectares. A situação das Terras de Galvez confronta com demais estados do Norte, que apresentam um cenário de queda se comparada ao mesmo período.

Outro dado preocupante divulgado pela pesquisa se refere às Unidades de Conservação da Amazônia. A Reserva Extrativista Chico Mendes ficou em 5º lugar entre as mais devastadas no país, com aproximadamente 300 hectares desmatados em junho de 2019. Um número exacerbado ao considerar que a área se trata de um local protegido.

No geral, as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 49 quilômetros quadrados em junho de 2019, enquanto que em junho de 2018 a degradação florestal detectada totalizou 40 quilômetros quadrados, um aumento de 23%. No mês passado, a degradação no Acre foi a terceira maior, com crescimento de 10%, perdendo apenas para estados como Pará (8%), Amazonas (6%) e Rondônia (4%).

Em junho deste ano, a maioria (56%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (26%), Unidades de Conservação (13%) e Terras Indígenas (5%)

Cogita-se que o aumento de desmatamento e degradação das florestas no Acre possa estar relacionado com a fomentação do agronegócio implementada pelo governador Gladson Cameli, sob tutela da presidência de Jari Bolsonaro. O ac24horas procurou o governo do Acre para questionar os motivos que possam ter levado o estado a apresentar os números divulgados pelo Imazon.

O que diz o governo do Acre

“Antes, nossos produtores rurais viviam traumatizados pelos excessos cometidos nas gestões anteriores, que ultrapassavam a própria legislação. Havia uma nítida perseguição no ambiente rural do Acre. Nossos produtores não tinham esclarecimento quanto às leis. O que não se faz conhecido, não pode ser praticado. Vivemos na Amazônia e sabemos muito bem cuidar dela”, explicou a porta-voz do governo do Acre, Mirla Miranda.

Segundo ela, o governo de Gladson está respeitando a legislação: “sem constranger quem vive da terra, levando orientação para tornar suas atividades legais e promotoras de melhoria na qualidade de vida de quem vive no campo e do campo”.

Entretanto, o governo, por meio do Plano de Regularização Ambiental (PRA), instituído por lei e baseado no Novo Código Florestal Brasileiro (Lei 12.605/2012), também está oferecendo alternativas para a recomposição das áreas que foram desmatadas após o ano de 2008. “Não facilitaremos para aqueles que tratam o meio ambiente sem pensar nas consequências de ações devastadoras. Mas estamos frequentemente coibindo os excessos cometidos anteriormente”, informa.

A secretaria de Meio Ambiente está trabalhando ao lado do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) para fazer valer a legislação ambiental estadual (Lei 1.117/1994), bem como o que rege o Novo Código Florestal. O Imac é fiscaliza os crimes ambientais cometidos dentro das reservas legais, bem como nas demais inseridas na Lei 9.605/1998.

O gestor da SEMA, alegou que “ainda está sendo fechado até meados de agosto o levantamento sobre a realidade do desmatamento. Só assim podemos nos manifestar. No entanto, a previsão é que o desmatamento vem reduzindo nesse período citado”, disse Israel Milani.

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Balneários de Brasiléia são fechados por falta de segurança

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Os balneários Kumarurana e Jarinal, localizados na zona rural do município de Brasiléia, foram fechados no último fim de semana, pelo 5º Batalhão do Corpo de Bombeiros, sediado naquele município, por não estarem cumprindo as normas de segurança.

Bastante frequentados pela população da região da fronteira e de outros municípios do estado, os espaços de lazer foram notificados a reabrir somente depois que se adequarem às exigências legais, principalmente contratando o serviço de salva-vidas.

“O local oferece esses banhos e cobram entrada das pessoas. Os municípios de Brasiléia e Epitaciolândia tem esses profissionais devidamente treinados e qualificados que deveriam estar oferecendo segurança aos banhistas”, explicou o sargento Vivian.

A ida do Corpo de Bombeiros aos balneários, com o apoio da Polícia Militar, se deu após denúncia de irregularidades. Nos locais, foi confirmada a falta do Atestado de Funcionamento e os banhistas tiveram que deixar a água por medida de segurança.

Em um dos casos, os militares foram desacatados por um frequentador em visível estado de embriaguez. O homem recebeu voz de prisão foi detido por desacato, sendo levado à delegacia onde foi ouvido e liberado.

Os estabelecimentos poderão responder jurídica e administrativamente caso reabram sem tomar as medidas de segurança exigidas para o seu funcionamento. Entre as possíveis sanções estão multa e perda do alvará de funcionamento.

Com colaboração e fotos do jornalista Alexandre Lima.

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Taxa de ocupação em leitos de UTI para a Covid-19 é de 30% no Acre

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A taxa geral de ocupação de leitos de Unidade Tratamento Intensivo (UTI) exclusivos para pacientes com a Covid-19 no Acre está em torno de 30% nesta segunda-feira (14).

Os dados são do Boletim de Assistência ao Enfrentamento da Covid-19, emitido pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). O boletim mostra a ocupação de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), por especialidade do leito e por regional.

Segundo dados oficiais, das 126 internações em leitos do SUS, 80 testaram positivo para Covid-19, ou seja, a maioria das pessoas que buscam atendimento médico foram infectadas pelo vírus.

Na região do Baixo Acre, que engloba as cidades de Rio Branco, Sena Madureira, Plácido de Castro e Acrelândia, das 70 Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), 27 estão ocupadas registrando uma taxa de ocupação de 38,6%.

A menor taxa de ocupação está na região do Juruá, que engloba Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Marechal Thaumaturgo, dos 20 leitos de UTI existentes, nenhum está ocupado, registrando 0% de ocupação. Os leitos clínicos somam 95 e 23 estão ocupados, registrando 24,2% de ocupação.

Já regional do Alto Acre, que engloba as cidades de Brasileia e Epitaciolândia, não há registro de uma ocupação de leitos de enfermaria num total de 19 leitos disponíveis. A regional do Alto Acre é a única que não tem leitos de UTI para a Covid-19.

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